Quanto a nós, meio gauches, meio bandidos, dinossauros sobreviventes daquele tempo em que tudo parecia que ia mudar – não resta muito mais a fazer senão resistir. Movidos, no mínimo, pela curiosidade de onde vai dar tudo isso. E sempre se pode cantarolar baixinho aquele velho blues (Milagres) de Cazuza, que diz assim: “Mas que tempo mais vagabundo é esse que escolheram pra gente viver?”
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Caio Fernando Abreu
PS:.e a pergunta é : qual é o legado que essa nossa geração vai deixar? Os braços cruzados, a falta de ação, a falta da busca por alma, a troca de tudo por papel? Cadê a luta, cadê a causa, cadê o potencial criativo? Gerações passadas enfrentaram os horrores da guerra, lutaram contra a ditadura, fanastismo, censura,pintaram os seus rostos e foram as ruas.Enquanto nos continuamos acomodados, conformados, palhaços, com a nossa cara permanentemente pintada fingindo que está tudo bem. Vamos celebrar a estupidez humana . Viva! - (Emanuelle Oliveira)
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