segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ela explicava, sorrindo — um sorriso diferente dos que costumava sorrir:
— Não, gurizinho. Quando a gente gosta mesmo duma pessoa, a gente faz essas coisas.
— Calou um momento, depois acrescentou:
— Faz até pior.
— Pior, como? Lamber o prato que a pessoa come?

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Caio Fernando Abreu

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